quinta-feira, 18 de outubro de 2007

84 Charing Cross Road

O título desse post é o nome original do filme Nunca te Vi, Sempre te Amei. Usei o nome original, o endereço da livraria do Anthony Hopkins em Londres, para fazer contraponto ao título em português, que é, na verdade, o que quero deixar registrado nesse blog.

Nunca te Vi, Sempre te Amei.

Que título perfeito. É marcante, conciso, poético e representa o filme de uma forma sensacional. Queria conhecer o sujeito que teve a inspiração para esse título. No fundo, acredito que a idéia deva ter surgido de uma mulher. Os homens que me perdoem, mas deve ter sido uma mulher. E gosto de pensar que ela estava muito feliz, apaixonada, de bem com a vida.

E falar desse filme, e desse título, é interessante pois trata da amizade entre Helene Hanff (Anne Bancroft) e Frank Doel (Anthony Hopkins) que foi construída através de cartas. Quem manda ou recebe cartas hoje em dia? Não cartas comerciais, contas ou qualquer coisa do tipo, mas cartas que comecem assim: "Querido amigo Fulano de Tal, como você está?" Hoje nós temos o telefone fixo, o celular, fax... E a Internet. Esse meu comentário não é para ficar me lamuriando de como era melhor na época das cartas. Não sou assim. Gosto da tecnologia, amo a Internet, acho que a mudança é importante, necessária e parte da condição do ser humano. É apenas uma constatação. Mas, independente da forma de contato, o que quero ressaltar é que as pessoas podem estar próximas de muitas formas, às vezes até mais próximas do que aquelas que estão separadas por um passo ou por um estender de braço.

Esse post surgiu inspirado por uma pessoa que me achou, do nada, nesse mar de centenas de milhares de blogs e escreveu palavras, que não foram enviadas por carta, mas que chegaram até mim. Quem quiser lê-las, passe no post Nunca te vi, sempre te amei do blog Lugar do real, do simbólico e do imaginário.

Nunca te Vi, Sempre te Amei (1987)

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